sábado, 20 de novembro de 2010

A partir de agora...

O azul e o tempo ( A partir de agora)

Nada pra se acreditar
Mas o tempo não manchou o azul
Nada pra se acreditar
Mas o vento baila o mar azul
Nada pra se acreditar
Mas tá tudo azul
Nada pra se acreditar
Mas a fé tingiu o azul de anil
Nada pra se acreditar
Mas os santos rezam pro Brasil
Nada pra se acreditar
Mas você já viu
Tudo que vai rebrilhar
Tudo que vai renascer
Tudo que vai nos salvar
Sem que a gente espere
Canta pra comemorar
Grita pra amanhecer
Solta o choro da alegria
Que a paz adere
Pra pra se acreditar
Que o tempo não manchou o azul
Pra pra se acreditar
Que o vento baila o mar azul
Pra se acreditar
Que tá tudo azul
( Oswaldo Montenegro)

Quis iniciar essa postagem com uma canção de Oswaldo Montenegro, porque ela quer hoje falar de mim!
...tudo que vai rebrilhar, tudo que vai renascer, tudo que vai nos salvar sem que a gente espere!
O tempo não manchou o azul e minha busca infinita me trasformou em borboleta...romper o casulo não foi nada fácil...ah, as asas, eis que serão minha recompensa e eu sei que as mereço e que visitarei tantos jardins quanto eu desejar!
Já não caibo a muito tempo no quarto dos fundos, já não entro mais em roupas apertadas só pra me adequar, já sei morrer pra renascer...
Benditas picadas...e olha como o sonho pode se trasformar. Ou será nos trasformar?
E todo final é mesmo um morrer...mas eu escolho morrer pra resnascer, pra se acreditar que o tempo não manchou o azul, que o vento baila o mar azul...

sábado, 21 de agosto de 2010

Esvazio os sentidos, buscando o sentido.
Escolho as flores, jasmins e rosas...ah, as rosas do teu delicado jardim. Era a terra de tuas maõs, que tocavam meu corpo em tempos de crise, em tempos de dor.
Planta de novo em mim, esperança, alegria e cheiro de mannhã.
Sentido...as vezes nada faz mesmo sentido.

terça-feira, 20 de julho de 2010

FARSA...link, para ouvir a música!!

Pessoas, segue o link da Nila Branco, pra que todos possam conferir a música Farsa ( letra presente no meu blog).
A letra é de Zeca Baleiro e a música de Nila Branco... o cd é demais: CONFIDENCIA... recomendo!!
Beijoss,
http://www2.uol.com.br/nilabranco/Beijos e aproveitem!!!

domingo, 30 de maio de 2010

Espaços...



Ficar comigo mesma não há de ser nada fácil. To apavorada com a ideia de me enfrentar.


Escrever talvez seja o caminho mais certo que posso escolher para chegar perto de mim.


E porque me permito desacorrentar, é que a liberdade se apresenta.


Assim, com ares de intensidade, com suas verdades, com subita malandragem e me obrigando a ter coragem.

Vou encarar os vazios de meu habitat mais secreto, como espaços necessários, como a pausa do retrato.

Vou permitir me sentir só e vazia de mim mesma por alguns instantes, talvez por muitos instantes, mas vazios tão cheios de pensamentos me apavoram...

O que há no meu silencio, tão cheio de palavras e sons?

"Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la." (Clarice Lispector)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Pra você guardei o Amor.


Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar

O amor que tive e vi sem me deixar

Sentir sem conseguir provar

Sem entregar

E repartir

Pra você guardei o amor

Que sempre quis mostrar

O amor que vive em mim vem visitar

Sorrir, vem colorir solar

Vem esquentar

E permitir

Quem acolher o que ele tem e traz

Quem entender o que ele diz

No giz do gesto o jeito pronto

Do piscar dos cílios

Que o convite do silêncio

Exibe em cada olhar

Guardei

Sem ter porque

Nem por razão

Ou coisa outra qualquer

Além de não saber como fazer

Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei

Vendo em você

E explicação

Nenhuma isso requer

Se o coração bater forte e arder

No fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor

Que aprendi vendo meus pais

O amor que tive e recebi

E hoje posso dar livre e feliz

Céu cheiro e ar na cor que arco-íris

Risca ao levitar

Vou nascer de novo

Lápis, edifício, tevere, ponte

Desenhar no seu quadril

Meus lábios beijam signos feito sinos

Trilho a infância, terço o berço

Do seu lar

(Nando Reis)

sábado, 15 de maio de 2010

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"--------estou procurando, estou procurando.
Estou tentando entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda. Não confio no que me aconteceu. Aconteceu-me alguma coisa que eu, pelo fato de não a saber como viver, vivi uma outra? A isso quereria chamar desorganização, e teria segurança de me aventurar, porque saberia depois para onde voltar: para a organização anterior. A isso prefiro chamar desorganização pois não quero confirmar no que vivi - na confirmação de mim eu perderia o mundo como eu o tinha, e sei que não tenho capacidade para outro." ( Clarice Lispector).

Ontém foi o caos e desejei ouvir Nietzsche me dizer: " é necessário o caos cá dentro para gerar uma estrela". Foi um daqueles dias em que tudo o que não pode acontecer, aconte... fiquei completamente perdida... emocionalmente perdida e literalmente perdida.
Desejei que tudo fosse perfeito e me esqueci por instantes que o perfeito não existe, queria tudo ao mesmo tempo; só que tudo é muito...

Encontro marcado, expectativas a mil ... e eu fiz com que tudo desse errado.

Ou será que foi o acaso?

Saldo do dia: um dente quebrado, uma "viagem" ao ponto de encontro errado... transito, muito transito, um atraso de 4 horas e duas interrogações enormes no final da noite: " O que foi que eu fiz? E onde irá chegar tudo isso?"

O fato é que em última analise do dia de ontém, terei que correr o risco do acaso... abandonar o destino e ficar com a probabilidade!

sábado, 8 de maio de 2010

FARSA - ( música - Nila Branco - letra de Zeca Baleiro)

No canto do espelho, espio
Tua pele branca, teu abraço macio
Como se te ver por perto
Pudesse tornar o deserto um pouco menos vazio

Como se isso bastasse
Pra afastar os medos
O que eu sinto cheia de desejos e dedos
Como se fosse bastante não te perder
Não te perder de vista nem por um instante

Digo menos o que penso
Falo mais do que faço
Me defendo como posso

Me esforço pra ser fácil e me finjo de difícil
Mas me dou de graça
A quem descobrir minha farsa

domingo, 25 de abril de 2010

Devaneios de uma noite de luar!


Meu coração bate acelerado, quase que descompassado. É noite de lua cheia e minha alma incendeia...

Compreender já não é mais preciso, sou um caledoscópio com particulas do infinito, algo entre o mar e a terra, entre a tempestade e a calmaria, entre o tudo e o nada... entre o tudo que cabe em mim e o nada que me esvazia.

Quiça todos os dias minha alma fosse de poeta ...

terça-feira, 13 de abril de 2010

mais e mais da Clarice

Rifa-se um coração Rifa-se um coração quase novo.Um coração idealista.Um coração como poucos.Um coração à moda antiga.Um coração moleque que insisteem pregar peças no seu usuário.Rifa-se um coração que na realidade está umpouco usado, meio calejado, muito machucadoe que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.Um pouco inconseqüente que nunca desistede acreditar nas pessoas.Um leviano e precipitado coraçãoque acha que Tim Maiaestava certo quando escreveu..."...não quero dinheiro, eu quero amor sincero,é isso que eu espero...".Um idealista...Um verdadeiro sonhador...Rifa-se um coração que nunca aprende.Que não endurece, e mantém sempre viva aesperança de ser feliz, sendo simples e natural.Um coração insensato que comanda o racionalsendo louco o suficiente para se apaixonar.Um furioso suicida que vive procurandorelações e emoções verdadeiras.Rifa-se um coração que insiste em cometersempre os mesmos erros.Esse coração que erra, briga, se expõe.Perde o juízo por completo em nomede causas e paixões.Sai do sério e, às vezes revê suas posiçõesarrependido de palavras e gestos.Este coração tantas vezes incompreendido.Tantas vezes provocado.Tantas vezes impulsivo.Rifa-se este desequilibrado emocional que abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimase faz murchar o rosto.Um coração para ser alugado,ou mesmo utilizadopor quem gosta de emoções fortes.Um órgão abestado indicado apenas paraquem quer viver intensamentecontra indicado para os que apenas pretendempassar pela vida matando o tempo,defendendo-se das emoções.Rifa-se um coração tão inocenteque se mostra sem armadurase deixa louco o seu usuário.Um coração que quando parar de baterouvirá o seu usuário dizerpara São Pedro na hora da prestação de contas:"O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo,só errei quando coloquei sentimento.Só fiz bobagens e me dei malquando ouvi este louco coração de criançaque insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer" Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se poroutro que tenha um pouco mais de juízo.Um órgão mais fiel ao seu usuário.Um amigo do peito que não maltratetanto o ser que o abriga.Um coração que não seja tão inconseqüente.Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,mas que incomoda um bocado.Um verdadeiro caçador de aventuras que aindanão foi adotado, provavelmente, por se recusara cultivar ares selvagens ou racionais,por não querer perder o estilo.Oferece-se um coração vadio,sem raça, sem pedigree.Um simples coração humano.Um impulsivo membro de comportamentoaté meio ultrapassado.Um modelo cheio de defeitos que,mesmo estando fora do mercado,faz questão de não se modernizar,mas vez por outra,constrange o corpo que o domina.Um velho coração que convenceseu usuário a publicar seus segredose a ter a petulância de se aventurar como poeta...
( Clarice Lispector)

quarta-feira, 31 de março de 2010

By Clarice Lispector

Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.

Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.

Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho.

Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever

Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada.

Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.

Terei toda a aparência de quem falhou, e só eu saberei se foi a falha necessária.

E o que o ser humano mais aspira é tornar-se ser humano

Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca.

É difícil perder-se. É tão difícl que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo.

O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós.

Porque há o direito ao grito.então eu grito.

Eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro.

E se me achar esquisita,respeite também.até eu fui obrigada a me respeitar.

A palavra é meu domínio sobre o mundo

Não se conta tudo porque o tudo é um oco nada.

E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior que eu mesma, e não me alcanço.

Com todo perdão da palavra, eu sou um mistério para mim.

Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo.

Gosto do modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno vôo e cai sem graça no chão.

Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito.

Não é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus."

Saudade é um dos sentimentos mais urgentes que existem



"Dar a mão a alguém foi o que eu sempre esperei da alegria." ( Clarice Lispector)

sábado, 13 de março de 2010

Vazios, Silêncios e Presente!!


Ando me sentindo a cada dia que passa mais e mais forte... acho que a maturidade vai fazendo isso com a gente. Já suporto o escuro, o vazio e o frio que habita em mim de tempos em tempos.

Hoje sei mais de mim do que a 31 anos atrás... sei mais e mais a cada dia que passa e me respeito por cada conhecimento adquirido... muitos a duros e tortuosos percursos.

Me peguei refletindo sobre o silencio, o vazio e o espaço que hoje há em mim e gostei do que vi!

Não vejo ainda como o espaço ideal dentro de mim, porque ainda tem dias em que tenho pressa, ainda há momentos ( esses são tantos), em que faço mil perguntas e espero por todas as respostas, ainda desejo primaveras todos os dias do ano embora saiba que é preciso viver o outono... ainda demoro pra silenciar minha voz e meu choro...

O que tem mudado é o saber ampliado sobre todas essas coisas, é a aceitação e a resignificação de cada uma delas!

Ainda fico cansada e por vezes me sinto tão sufocada e encurralada; mas ando aprendendo a entender que depois da tempestade vem a bonança, que não adianta tentar apressar a noite e nem prever dias de sol ou de chuva!

Hoje sei; sei mais do que nunca, que a vida se faz do presente e é preciso estarmos dispostos a desembrulha-lo todos os dias!

sábado, 6 de março de 2010

Nova Jornada

Tempo de mudanças... tempo de estranhamento, de choque com a nova realidade e de esperar o tempo dizer o que de fato será o depois!
Nem todos os dias são de sol, mas nem por isso a chuva que cai deixa de ser brilhante!
Fase de preparar o espirito pra receber o novo, de se libertar de velhas feridas, de deixar a saudade dormir silenciosa, de construir novas histórias e de guardar novas lembranças...fase de muito trabalho interno, porque não é nada fácil!!!
Mas isso faz parte de mim, faz parte da minha jornada, do meu processo de crescimento.
E quem foi que disse que ser adulto é fácil e que crescer não doi?!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010


Outro dia fiquei pensando em como é bom a gente estar apaixonada!

Aquele friozinho que sobe pela planta do pé, passa pela espinha, vai pro cabelo, arrepia tudo e as vezes até estraga o penteado, e depois invade a gente de um jeito que causa um reboliço danado, e então já não é frio, mas um vulcão em erupção. O rosto cora, a gente fica com a boca seca, o ritmo cardiaco acelera e a sensação é quase de um morrer ( embora eu nem passei perto da morte ainda!).

Bom o fato é que, isso tudo que é visto como uma loucura ao quadrado, é tri bom... é bom demais, e, é por isso, que hoje resolvi escrever sobre minhas paixões atuais.

Recentente me peguei apaixonada por um monte de coisa e de gente... eu decididamente e enlouquecidamente gosto de gente! Eu sou verdadeiramente apaixonada pelas pessoas e tenho a graça de ter em meu caminho sempre almas virtuosas e amigas!!

Sou apaixonada pelos meus amigos... amo a todos muito profundamente... todos tão diferentes, todos com tantos pontos em comum!

Tô também, tri apaixonada pela minha carreira e pelas possibilidades que se apresentam a mesma... mesmo diante das dificuldades e dos obstáculos do dia a dia (mil cruzes), eu sinto paixão por cada ação assumida, pelas propostas, pelas intervenções e mudanças.

A cada dia, me sinto, mais apaixonada pela vida em sua plenitude, em sua diversidade. A vida com suas tortuosas trilhas... ainda que o mais fácil fosse a reta, prefiro assim; trilhas tortuosas.

Ando também apaixonada pelo sexo oposto...ah, minhas paixões... (minha terapeuta diz que devo deixar o plural ; mas eu ainda não consegui! rs)... mas isso é um capitulo a parte, a final, só da pra revelar se rolar, se vingar, se der certo... porque se não vira palhaçada!

Mas só pra constar: eu tô sim recentemente apaixonada, mas uma vez apaixonada, muito apaixonada e mesmo que isso implique em perder o chão; eu quero continuar muitoooo apaixonada!!