
Ficar comigo mesma não há de ser nada fácil. To apavorada com a ideia de me enfrentar.
Escrever talvez seja o caminho mais certo que posso escolher para chegar perto de mim.
E porque me permito desacorrentar, é que a liberdade se apresenta.
Assim, com ares de intensidade, com suas verdades, com subita malandragem e me obrigando a ter coragem.
Vou encarar os vazios de meu habitat mais secreto, como espaços necessários, como a pausa do retrato.
Vou permitir me sentir só e vazia de mim mesma por alguns instantes, talvez por muitos instantes, mas vazios tão cheios de pensamentos me apavoram...
O que há no meu silencio, tão cheio de palavras e sons?